domingo, 27 de novembro de 2011

Promoção!


Quem não gosta de uma promoção heim?!

Ainda mais nesta época de Natal em que as vitrines saltam aos nossos olhos, há tanto brilho, tantos looks com cara da nova estação, você já começa a pensar nos diferentes looks para as férias, para os possíveis eventos.......

Enfim! As horas no shopping, nas ruas de comércio passam a se estender e você começar a  achar uma delícia esse encontro com um mar de gente que anda apressadas, que se esbarram, as sacolas se chocam, as pessoas correm em busca de um item promocional que se expõem numa prateleira...

E subitamente você é tomada por uma alegria e satisfação imensa após sair de uma loja de sapatos, convicta de que fez o maior negócio de sua vida comprando dois Pares de sapato por apenas R$29,98!  Uma pechincha!

Mas porque as pessoas te tacham de compulsiva só porque você aproveita umas promoções e comprando produtos que você realmente acha necessário?

Esqueçam os comentários! Compre mas não se endivide! E aproveite as promoções!

Aliás, se aquele sapato lindo que você comprou numa promoção daqui a alguns meses perder espaço no seu guarda roupa, doe. Tenho certeza que alguém ficará muito feliz... e você abrirá espaço para mais uma aquisição.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

O Bonde


“Autor: Guilhermina Florisbella Carneiro, viúva, moradora da Travessa das Partilhas, 7. Move a ação contra a Companhia Cantareira e Viação Fluminense, que vitimou seu filho (Henoc Soares Carneiro, 16 anos). Seu filho era empregado do comércio e no dia do acidente andava pela calçada, o Bonde desceu em alta velocidade. Ela alega responsabilidade da Companhia de transportes primeiro pela imprudência e imperícia do condutor, além das condições do Bonde de não Ter freios eficientes. Alega ainda o dano moral conseqüente a dor pela perda do seu filho, sendo ela viúva pobre, privada dos meios indispensáveis a vida e em extrema miséria, sendo seu filho a sua única esperança.
Estão anexados no processo vários jornais que noticiaram a tragédia, além de outras notícias de mortes de pessoas pelo mesmo motivo. A imprensa lançou um grande debate sobre as condições do Bonde e sobre o fato de até então nada Ter sido feito para evitar mais acidentes. Processo julgado perempto por não pagamento da taxa judiciária em  13/06/1931.”
            O trecho citado acima trata-se de fragmentos de um processo civil do início do século XX. Foi parte de um trabalho de pesquisa realizado por mim há alguns anos atrás. Resgatei este trabalho por causa da tragédia ocorrida no final último final de semana. A dor da perda na tragédia, os problemas de manutenção de bondes e o descaso dos responsáveis parecem ser os mesmos.
            Fico refletindo sobre a falta de empatia das autoridades que fecham os olhos para tantos problemas de nossa cidade. E a cada dia mais pessoas morrem vítimas do descaso de autoridades eleitas pelo nosso voto, pelo ato mais democrático de uma sociedade. Foi pelo nosso voto que colocamos lá estes prefeitos, governadores, vereadores, deputados...enfim, toda esta gente que só pensa em si. Que confunde o público com o privado, que pensa em manobras políticas visando o enriquecimento ilícito.
            Há anos se reivindicavam obras, manutenções para os nossos bondes de Santa Tereza. Mas nada foi feito. Não existe comprometimento. Gasta-se dinheiro com obras faraônicas, num Maracanã superfaturado para Olimpíadas, Copa do Mundo e se faz pouco caso para manutenções simples de um patrimônio da cidade.
            Patrimônio??? Estas autoridades não valorizam o patrimônio histórico de nossa cidade, que diferença faz um bonde que conta a história de um bairro, de uma cidade? Que diferença faz uma sacada de um prédio do início do século XX em péssimo estado de conservação? De um monumento posto numa praça pública pichado? De um cinema de rua antigo vendido?
            É triste que cada vez mais as pessoas desvalorizem ou não reconheçam o valor de um patrimônio histórico, se valoriza o moderno, o novo, o futurista.  Constroem em praças públicas monumentos modernos caros, mas não investem nenhum dinheiro para recuperar fachadas antigas, fecham cinemas de ruas para no lugar construir uma sala de convenções para empresários e entre tantas coisas que me entristece como historiadora, como amante do antigo, do clássico, do nostálgico, do tempo em que as pessoas eram mais felizes.
            Quantas vezes eu subi as ladeiras de Santa Tereza num bondinho, junto de amigos, admirando a paisagem e fascinada com aquele lugar que me remete há um tempo que não vivi mas que adoraria ter vivido.. Fiquei pensando que naquela tarde agradável de sábado, as pessoas que estavam no Bondinho de Santa Tereza estavam alegres e felizes, desfrutando da bela paisagem, fotografando o momento...
            Suas vidas foram ceifadas não pela fatalidade, ou dirão alguns, destino. Foram ceifadas pelo descaso do poder público, que mergulhado em corrupções, em apatia, falta de boa vontade, de empatia, fecha os olhos para o problema. Afinal, o final de semana passou, o jornal que noticiava a tragédia na primeira página ficou velho. E servirá de fonte histórica para um pesquisador daqui há 90 ou 100 anos.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Kate e Willian vão casar!


Casamento real é um sonho né gente?!
Em ano de casório tudo referente à enlaces matrimoniais me interessa! E ainda mais o do príncipe Willian! Quando eu era adolescente achava o príncipe Willian lindo, queria casar com ele, igualzinha à Kate! A diferença é que casaremos com príncipes diferentes! (muitos risos)
Mas a verdade é que casamentos de princesas são somente para  famílias reais. A indústria do casamento está cada vez mais cara, desde os bem casados até o vestido de noiva.
Vamos à matemática: aluguel de vestido simples (600,00), salão mais bufet (15.000,00), Igreja e decoração (1.000,00), cartório (500,00), bem casados (300,00), convites (500,00), foto e filmagem (2.000,00).....anda tem mais contas mas vou parar por aqui!
Conclusão: Gasta-se muito.
Para as “plebéias” de plantão e que não casarão com príncipes, a dica é: menos é mais. É melhor investir numa big lua de mel.
O amor é o mais importante e a felicidade dos noivos também.
Willian e Kate se casarão. Elaine e Gilvan também!!!!!

quarta-feira, 16 de março de 2011

Violência na escola.

         Hoje, enquanto eu me arrumava para ir ao meu trabalho, assistia ao telejornal e vi a seguinte notícia: “Que uma professora do interior de São Paulo, pedia silêncio para a turma e foi agredida por um aluno com uma cadeira...”.
         Esqueci de dizer, eu me arrumava para trabalhar, trabalho numa escola, sou professora também.
         Todos os dias são noticiados histórias muito reais de violência e quase sempre são jovens que estão envolvidos. A verdade é que as crianças crescem sem limites, sem educação e isso não é clichê de pedagogo não. É a mais pura verdade.
         As crianças desde pequena têm tudo o querem, os pais dão brinquedos de R$ 200,00 para uma criança de 12 meses, deixam fazer o quer. Quando ela fala palavrão, todo mundo rir, acha uma graça. E se ela agride alguém, os pais passam a mão na cabeça, dizendo que é apenas uma criança. Faz pirraça, se joga no chão quando ouve um não e neste caso, os pais justificam dizendo que o filho tem personalidade forte.,
         As festas infantis não têm músicas de crianças, são funks cheio de palavras obscenas, sexuais, e colocamos os nossos filhos para dançarem, para cantarem estas coisas. E depois meninas de 10 anos já falam termos sexuais, beijam na boca, as de 13 anos já transam e as de 16 já são mães.
         Os pais se endividam todo início de ano, mesmo sem poder, porque a filha quer um fichário de R$ 100, 00, com folhas que custam R$ 10,00 o bloco, e pra quê? Para ela rasgar as folhas em sala com bilhetes e cartinhas. Se Gasta R$ 1000,00 por ano com material didático, e pra quê? Para o filho não abrir o livro para fazer as atividades, para toda aula esquecer o material em casa. Trabalhos avaliativos não são feitos e ninguém cobra isso, com exceção do pobre professor.
         Os pais se preocupam em trabalhar dia e noite para dar o melhor para os seus filhos, para dar a eles uma vida melhor da qual eles foram privados, mas não dão o mais importante: atenção, responsabilidade, educação. E ao contrário do que muitos dizem, a escola tem a obrigação de educar sim, mas a base da educação vem de casa. Crianças que não respeitam os mais velhos, falam palavrões, agem com completa falta de educação, falam de boca cheia, falam e gesticulam alto, afrontam o tempo todo autoridades, depredam o patrimônio público, quebram mesas e cadeiras, jogam lixo na rua, desperdiçam a merenda escolar...Enfim, estas coisas não se aprendem na escola, se aprende em casa.
         Crianças exibem celulares de última geração, Ipods, All Star de todas as cores, Melissas de todos os modelos...Coisas que não custam menos de R$ 100,00. E pra quê? Para a criança exibir aos quatro cantos e destruir logo depois ou em outros casos, ela perde o interesse e já deseja um modelo mais avançado ou o tênis e sandálias da próxima coleção primavera-verão, outono-inverno.
         As crianças de hoje não valorizam o esforço dos pais e por sua vez os pais não procuram mostrar isso para os filhos. Não mostram para os seus filhos a necessidade de se empenhar para conquistar os objetivos, não mostram a realidade difícil do mundo, que enquanto ela reclama que não tem pizza no lanche de sábado milhares de crianças não tem nem água pra beber.
         Antigamente os pais apoiavam a posição do professor, agora não, a criança sempre está certa, a culpa é do professor, é ele que persegue o seu filho, é ele que não sabe ensinar, é ele que é despreparado. Se meu filho ficou reprovado, o problema é do professor, não do aluno. Este mesmo aluno que não fez os trabalhos, que conversou e desrespeitou o professor, que deixou o material em casa de propósito. Ainda sim, a culpa é do professor.
         Estamos formando uma geração de jovens vazios, sem empatia, e egocêntricos. Parece cruel e pessimista este meu diagnóstico, mas é isso. Enquanto passar a mão na cabeça dos seus filhos, enquanto insistir em atender todos os seus desejos, enquanto não mostrar a importância de se valorizar o amor ao próximo, o respeito mútuo, enquanto não olharmos para dentro de nossas crias, continuaremos a ter notícias de crimes hediondos cujo réu é um jovem.

domingo, 13 de março de 2011

E amanhã?

"É Deus, que te faz entender toda poesia, que torma mais valiosa a vida e prova que ainda dá pra ser feliz..." (Rosa de Saron)

É..andei meio sumida. sem inspiração, embora tenha me empolgado bastante com o blog e planejei postar diariamente....deu preguiçinha! rs

Mas o que me levou a postar hoje foi pensar sobre o mundo e a violência que vivemos nos dias de hoje. Em menos de um mês tivemos acesso a tantas crueldades com crianças, mulheres, jovens...
Como alguém em sã consciência pode decepar a mão de uma criança de três meses? Como uma mulher pode enforcar uma menina de 6 anos? Como jovens podem atirar na cabeça de um outro jovem? Como homens podem violentar uma mulher e depois matá-la?
Nós humanos somos cruéis e agimos como animais na selva, somos capazes de atos de violência sem pestanejar. E a única coisa que ainda nos segura é a tal da moral e dos bons costumes.Mas até quando?
Sem frases clichês acho que o mundo precisa de Deus. E falar de Deus não tem nada a ver com opção por alguma religião, fanatismo, radicalismo.
Quando voltamos o nosso pensamento para Deus (ou para alguma força que julguemos ser superior) agimos melhor, somos pessoas melhores. E não tem essa de fazer o bem esperando o céu, é fazer o bem sem esperar nada em troca.
O que percebo que as pessoas não temem mais pelo o céu ou inferno. A vida termina aqui mesmo.E esta mesma vida não tem mais valor. Mata-se por 1 real e pouco importa, vivemos um retrocesso como na época dos escravos. Matava-se escravos, violentava-se escravas, negavam comida, escravizavam, por acreditar que não eram pessoas, eram objetos de usufruto. E nós quando lemos nos livros de história nos chocamos com este comportamento! Mas o que fazemos hoje???
A mesma coisa.
Ignoramos os pedintes nas ruas, eles são os invisíveis de nossa sociedade. Quando o jornal dá a notícia que um homem  morreu numa favela dessas qualquer, pensamos logo "ele estava devendo, mereceu morrer". Moradores de favelas não são homens de família? Não trabalham? Todos são bandidos?
Se um rapaz comete um assalto, um sequestro toda a população comemora o fato do policial ter encerrado o assunto com um tiro na cabeça do meliante.Mas ele não tinha família? Não tinha uma mãe?
Vivemos um período de catástrofes ambientais nunca antes vistas, milhões de vidas estão se perdendo por causa da ganância de uma minoria. O que importa é o poder, o óleo negro, os dólares, as multinacionais, as grandes marcas....
E eu admito que me choco em este mundo que choro ao ver o desastre no Japão, na região Serrana do RJ, mas logo em seguida mudo de canal, levanto e vou me empaturrar de comida na cozinha.....E tantos outros se comportam da mesma forma.
E eu nem sei aonde isso vai parar.Nossas vidas se perdem entre os dedos.A cada minuto que passa temos menos tempo para fazer algo que seja a diferença em nossa sociedade.
E amanhã?
"A domani, à demain, Mañana, morgen, tomorrow..." (Rosa de Saron)